Edição/reimpressão:
2013
Páginas:
216
Editor:
Quinta Essência
ISBN:
9789897260513
Sinopse:
Jean-Luc
Champollion é aquilo a que os franceses chamam um homme à femmes. O encantador
proprietário de uma galeria bem-sucedida ama a arte e a vida, é muito sensível
ao encanto das mulheres, que de bom grado lho retribuem, e vive num dos bairros
da moda de Paris, em perfeita harmonia com o seu fiel dálmata Cézanne. Tudo
corre bem até que, uma da manhã, Jean-Luc encontra no correio um envelope azul,
e a sua vida muda para sempre. A missiva é uma carta de amor, ou melhor, uma
das declarações de amor mais apaixonadas que o galerista já viu, mas não vem
assinada: a misteriosa autora decidiu esconder-se e convida-o a descobrir quem
é. Jean-Luc fica inicialmente confuso, mas decide alinhar. A remetente anónima
forneceu-lhe um endereço de e-mail e desafia-o a responder. Mas a tarefa não é
fácil. Em breve, Jean-Luc tem apenas um objetivo: descobrir a identidade da
caprichosa desconhecida, que parece conhecer muito bem os seus hábitos e gosta
de o provocar incessantemente. Assombrado pelas suas palavras, Jean-Luc segue
as pistas dispersas na correspondência, cada vez mais incapaz de resistir à
mais doce das armadilhas. O objeto da sua paixão existe apenas no papel e na
sua imaginação, mas ele sente conhecer melhor esta mulher do que os quadros
expostos na sua galeria, mesmo que nunca tenha visto o seu rosto. Ou será que
viu?
A minha Opinião:
Por entre as páginas deste romance surge a
seguinte exclamação: “ Que história tão fantástica, insólita e romântica” – p.147.
Nada melhor do que esta frase para descrever este livro!
Nicolas Barreau, em “O Sorriso das Mulheres”
já me havia habituado à sua vertente romântica, o que muito me agrada. “Encontras-me
no fim do mundo” é mais um livro extremamente romântico, com sentido de humor e
que depois de lido permanece na nossa memória durante muito tempo.
A narrativa é efectuada na primeira pessoa,
pela voz do protagonista, Jean-Luc Champoliton, um galerista bom-vivant e um
Don Juan, cuja vida muda 360º quando recebe uma carta de amor muito enigmática
de alguém que confidência o seu amor e que lhe propõe um desafio: tentar
descobrir a identidade do remetente da carta que assina como “La Principessa”.
A partir desse momento a vida de Jean-Luc nunca mais será a mesma e assim se
inicia a demanda pela verdade.
Com a paisagem parisiense como pano de fundo,
assistimos à troca de correspondência entre “Le Duc” e “La Principessa” e
vemo-nos envolvidos e contagiados pelo romantismo dessa troca de sentimentos.
Numa era em que os telemóveis e a internet substituem em muitos casos a
comunicação em papel, o amor surge à moda antiga, com cartas românticas.
Acompanhamos, assim, o protagonista nas suas
dúvidas, medos e sentimentos controversos nós como leitores ávidos de ler
queremos também saber o mais rápido possível a identidade da jovem enamorada.
No fim da leitura concluímos que, tal com
enfatiza uma citação no início do livro “Às vezes olha-se para uma coisa cem,
mil vezes, antes de verdadeiramente a vermos pela primeira vez” – Christian Morgestern.
De facto, por vezes na vida olhamos para
alguém ou para algo e no fundo não a vemos como é realmente. Só vemos aquilo
que se apresenta aos nossos olhos e mais nada. E o que está por detrás do que
vemos à primeira vista, do que desprezamos inicialmente? É desta forma que,
infelizmente, se pode perder a oportunidade de uma vida de encontrar o verdadeiro
amor e de sermos felizes. É esta a grande lição de vida que retiramos deste
livro!
Devemos estar mais atentos às pequenas
coisas, aos pequenos gestos, ao interior de cada pessoa porque é o que
verdadeiramente a define e “Encontras-me no fim do mundo” enaltece essa
realidade e essa necessidade. Nas palavras de Antoine de Saint – Exupéry “O
essencial é invisível”, o exterior é só uma fachada, tal como as casas, o mais
valioso está no interior.
Com esta leitura, pontuada também de humor,
tive a oportunidade de encher o meu coração mais uma vez de amor e romantismo,
de me rir e encantar com esta história original e confesso que o final me
emocionou bastante.
É um livro essencial para aqueles que
acreditam no poder do amor.
O Autor:
Nicolas
Barreau nasceu em 1980 em Paris, filho de mãe alemã e pai francês, estudou
Literaturas Românicas e História na Sorbonne. Durante algum tempo trabalhou
numa livraria da Rive Gauche em Paris, até que finalmente se dedicou à escrita.
Gosta de restaurante e de culinária, acredita no destino, é muito tímido e
reservado e, tal como o escritor protagonista desde livro, não gosta de
aparecer em público. Os seus três romances, publicados originalmente por uma
pequena editora alemã, alcançaram um enorme êxito, em especial O Sorriso das
Mulheres, que se tornou um fenómeno editorial na Alemanha, em Itália e em
Espanha
A minha classificação: 6 – Muito Bom.
Período de Leitura: De 10 a 14 de Abril de 2013.
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